Descubra quais são as regras sobre o uso de maconha por atletas que disputam as Olimpíadas e entenda o que o código da Agência Mundial Antidoping diz sobre o assunto!
As Olimpíadas de Tóquio são a primeira edição dos jogos desde que a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) retirou a cannabis da lista de drogas. A mudança ocorreu no final de 2020 e já está em vigor. Mas isso possibilita que os atletas possam consumir maconha?
À rigor a resposta é não, pelo menos não no período de preparação para os jogos e durante a disputa das modalidades em si. A retirada da maconha da lista de drogas da Wada não livrou os atletas de terem que cumprir punição caso o exame antidoping acuse presença de canabinóides no resultado.
A diferença é que agora a punição é muito mais branda: vai de um a três meses. Para se ter uma ideia, antes, a suspensão em caso de uso de drogas recreativas (incluindo a maconha) variava de dois a quatro anos sem poder competir.
O que acontece se um atleta usar maconha durante os jogos? Todos os canabinóides são proibidos ou há exceções? Descubra as respostas para essas perguntas a seguir!
Se um atleta olímpico fumar maconha (ou consumir qualquer outra substância recreativa) durante os Jogos Olímpicos, isso será mostrado nos resultados dos testes (que são realizados antes, durante e após as competições) e ele será desclassificado e impedido de seguir nas Olimpíadas.
A maconha (e seus canabinóides) possuem propriedades relaxantes e também estimulantes, que mexem com o organismo e ativam receptores cerebrais – o que pode alterar o desempenho do atleta na disputa dos jogos olímpicos. Por isso o uso da cannabis (e seus derivados) configura doping.
Portanto, um atleta não deve, de maneira alguma, fumar maconha durante os Jogos Olímpicos e nem nos meses que antecedem a competição.
O código da Agência Mundial Antidoping (WADA) é bastante claro:
“Todos os canabinóides naturais e sintéticos são proibidos, exceto o canabidiol (CBD). Produtos, incluindo alimentos e bebidas, contendo canabinóides, também são proibidos. Todos os canabinóides sintéticos que imitam os efeitos do THC são proibidos”.
Aliás, os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio estão bastante rigorosos quando o assunto é fumar, inclusive o tradicional cigarro. Diferentemente das Olimpíadas do Rio, em Tóquio os atletas não podem sequer fumar cigarros durante o período dos jogos. O consumo dessas substâncias, mesmo que de tabaco, está proibido na vila olímpica.
“Com base no desenvolvimento da lei, de regulamentações e da orientação do COI, a Tóquio-2020 decidiu adotar uma política rígida contra o tabagismo para proteger a saúde e a segurança dos atletas, espectadores e autoridades”, diz o texto divulgado pelo Comitê Olímpico Tóquio 2020.
O canabidiol (conhecido como CBD) é um dos canabinóides mais abundantes e populares da maconha. Rica em propriedades medicinais, essa substância não possui efeitos psicoativos e nem serve para aumentar o desempenho dos atletas.
Por tudo isso, a Agência Mundial Antidoping decidiu que o canabidiol isolado não é considerado uma droga e não deve gerar punições aos atletas. A medida visa beneficiar os atletas que fazem uso de medicamentos à base do canabinóide CBD para tratar lesões e dores. Sem dúvidas, é uma vitória a ser comemorada.
“CBD não é proibido. No entanto, os atletas devem estar cientes de que alguns óleos e tinturas de CBD extraídos de plantas de cannabis também podem conter THC e outros canabinóides que podem resultar em um teste positivo para um canabinoide proibido”, alerta o código da Wada.
Por isso, tanto os atletas olímpicos quanto os profissionais esportivos que competem em jogos oficiais devem ter muita atenção quanto aos medicamentos à base de CBD que consomem.
É de suma importância que ele saibam a procedência da substância para garantir que não estão ingerindo outros canabinóides sem querer – o que seria acusado no exame e acarretaria em desclassificação.
Considerando que os jogos olímpicos são um momento para que os melhores atletas do mundo mostrem sua capacidade natural, é compreensível que a Wada seja rigorosa quanto ao uso de cannabis. Sabemos que a planta é complexa e, embora seja cada vez mais usada para tratar diversas doenças, também reage a receptores cerebrais e pode gerar estímulos nos atletas que não permitirão que eles compitam em pé de igualdade.
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