Cannabis Medicinal e Doença de Wilson

Cannabis Medicinal para a doença de Wilson

A doença de Wilson é uma condição genética rara e progressiva, marcada pelo acúmulo excessivo de cobre em diversos tecidos do corpo, especialmente no fígado, cérebro e córneas dos olhos. Se não tratada, pode levar à falência hepática e disfunção no sistema nervoso central (SNC). Embora haja poucos estudos sobre o uso de cannabis para tratar a doença de Wilson, uma pesquisa com pacientes indicou melhorias nos sintomas após o consumo da substância.

Doença de Wilson, o que é:

Conheça mais sobre Doença de Wilson, também conhecida como Degeneração Hepatolenticular, uma condição hereditária rara, mais comum em homens.

Ela se caracteriza pelo acúmulo excessivo de cobre nos tecidos, afetando o cérebro, fígado, rins e olhos (resultando em sintomas como o anel de Kayser-Fleischer e catarata). Em casos graves, pode causar hemólise (destruição das hemácias) levando à anemia.

Aproximadamente metade dos pacientes apresenta sintomas hepáticos e neurológicos. A forma hepática mais comum é a hepatite, que pode evoluir para cirrose, enquanto alguns pacientes enfrentam falência hepática fulminante.

Os sintomas neurológicos frequentes incluem:

• Demência (perda de capacidade intelectual).
• Psicose (mudanças comportamentais).
• Dificuldades na deglutição e fala.
• Movimentos anormais como tremores e distonias
• Além de redução na velocidade dos movimentos e falta de coordenação motora.

O tratamento é baseado em medicamentos que reduzem a acumulação de cobre nos órgãos, sendo necessários ao longo da vida. Uma dieta com baixo teor de cobre é recomendada, excluindo alimentos como cogumelos, nozes, chocolate, frutas secas, fígado e frutos do mar.

Em casos graves, um transplante de fígado pode ser necessário. Além disso, medicamentos sintomáticos podem ser utilizados para tratar espasmos musculares, rigidez e tremores.

Com diagnóstico e tratamento adequados, as pessoas afetadas pela Doença de Wilson podem levar uma vida de qualidade, com sintomas controlados e expectativa de vida normal. No entanto, se não for tratada, a doença pode causar danos graves no cérebro e no fígado, levando à morte.