Cannabis Medicinal e Demência de Corpos de Lewy (LBD)

A demência com corpos de Lewy (DCL) é uma das principais causas de demência, afetando mais de 1 milhão de pessoas apenas nos Estados Unidos. Os sintomas geralmente começam a se manifestar a partir dos 50 anos, embora ocasionalmente indivíduos mais jovens também possam ser impactados. A DCL tende a afetar um pouco mais os homens do que as mulheres. Os sinais da DCL, como problemas de mobilidade, alucinações visuais, confusão, flutuações imprevisíveis no foco e alerta, dificuldades com linguagem e números, além de alterações comportamentais e de humor, são frequentemente confundidos com outras condições cerebrais ou distúrbios psiquiátricos. A DCL é uma doença progressiva. A perda de memória também é uma característica comum, mas não é imediatamente evidente nos estágios iniciais da DCL.

Demência de Corpos de Lewy (LBD), entenda:

Na DCL, há acúmulos anormais de uma proteína chamada alfa-sinucleína no cérebro. Essas acumulações, conhecidas como "corpos de Lewy", com o tempo, podem prejudicar o funcionamento cerebral.

O tratamento para DCL engloba:

1. Inibidores da acetilcolinesterase (AChE), como donepezil (Aricept), rivastigmina (Exelon) e galantamina (Reminyl), que podem ajudar a reduzir alucinações e confusão, aumentando os níveis de acetilcolina no cérebro, melhorando a comunicação entre as células cerebrais.

2. Memantina, que regula a produção de glutamato no cérebro.

3. Levodopa, que pode melhorar os movimentos.

4. Antidepressivos.

5. Sedativos, como clonazepam.

6. Antipsicóticos, como haloperidol.

7. Diferentes tipos de terapia (ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, etc.).

Muitos desses medicamentos podem ter efeitos colaterais graves.

Cannabis Medicinal para Demência com Corpos de Lewy (LBD)

No que diz respeito à Cannabis Medicinal para o tratamento da DCL (ou qualquer tipo de demência), há evidências limitadas indicando que pode ser útil. A cannabis medicinal "pode ser eficaz no tratamento da agitação, desinibição, irritabilidade, comportamento motor anormal e distúrbios comportamentais noturnos, bem como vocalizações atípicas e dificuldades para dormir, que são sintomas neuropsiquiátricos associados à demência. Há também evidências limitadas de melhoria na rigidez e nas pontuações cognitivas avaliadas pelo Mini-Exame do Estado Mental." Existem outras evidências limitadas que corroboram essa ideia, embora a cannabis medicinal possa ser mais útil (pelo menos em teoria) para a demência relacionada à doença de Alzheimer.

Há sugestões de que o canabidiol (CBD) pode ser útil como antipsicótico, o que seria um complemento útil (e talvez uma alternativa parcial) aos medicamentos prescritos mencionados anteriormente. O CBD tem significativamente menos efeitos colaterais, embora haja preocupações sobre suas interações com outros medicamentos e a possível desativação de enzimas hepáticas como o CYP 450.

Canabinoides como CBD e CBG também podem ter propriedades neurogênicas, o que significa que podem ajudar no desenvolvimento de novas células cerebrais. Essa característica também poderia contribuir para o tratamento da perda de memória associada a vários tipos de demência, mas não existem evidências específicas que confirmem que fitocanabinoides como oCBD e o CBG tenham esse efeito.