Cannabis Medicinal e Esclerose Lateral Amiotrófica ELA

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

A ELA se caracteriza pela debilidade e atrofia muscular, que progride gradualmente até culminar em óbito, geralmente devido à falência muscular respiratória. Tipicamente, os pacientes com ELA manifestam diversos sintomas clínicos, como fraqueza, espasticidade, caquexia, disartria e sialorreia, além de dor associada à imobilidade, entre outros. Há declarações de que os canabinóides podem eventualmente retardar a progressão da ELA, e certamente há evidências de que a cannabis pode ser benéfica no tratamento de alguns sintomas da ELA, especialmente espasticidade, caquexia, sialorreia e dor crônica.

Entenda a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) 

A incidência da esclerose lateral amiotrófica (ELA) é de aproximadamente 1 a 3 casos por 100.000 habitantes em um ano específico. Cerca de 90% dos casos de ELA são esporádicos, o que significa que não há histórico familiar da doença. Os 10% restantes são casos familiares, relacionados à herança genética da ELA. Para os casos hereditários, há uma mutação no gene da superóxido dismutase-1 (SOD-1), que codifica uma enzima antioxidante crucial.

Mutações na proteína TAR (TDP-43) e FUS (fundida no sarcoma), que codificam proteínas envolvidas no splicing, transporte e estabilidade do pré-mRNA.

Como na maioria das pesquisas, o uso de cannabis no tratamento da ELA foi predominantemente investigado em experimentos pré-clínicos, geralmente em modelos animais, como ratos. Alguns desses estudos sugerem que os canabinóides podem retardar o início da ELA, aumentando, assim, a expectativa de vida e impedindo a gravidade da doença.

Embora existam relatos anedóticos, como os notáveis ​​casos de Cathy Young e Bob Strider, que afirmam que a cannabis é benéfica, há escassez de evidências provenientes de testes clínicos em humanos para determinar a eficácia da cannabis no tratamento da ELA. Observações científicas com humanos indicam que os canabinóides aliviam a hiperalgesia e reduzem a espasticidade muscular, mas, mais uma vez, isso é apenas uma visão geral, e são necessários estudos mais extensos em humanos para se obter conclusões definitivas.

Os efeitos neuroprotetores dos canabinóides também podem desempenhar um papel relevante no tratamento da ELA. Contudo, assim como ocorre com diversos medicamentos, os canabinóides podem ser eficazes para alguns tipos de ELA, mas não para outros, possivelmente devido a diferentes mutações genéticas.

Eficácia potencial/qualidade da evidência (baixa, média, alta) da maconha medicinal para ELA

Baixo

Canabinóides, Terpenos/Terpenóides, Cepas e Proporções que Podem Ajudar

Tal como acontece com muitas outras condições neurológicas e neurodegenerativas, o THC e o CBD podem ajudar a reduzir a inflamação do sistema nervoso.

Delta-3 carene pode ajudar a secar a boca e prevenir a salivação.

Profissionais médicos Canabicos 

Os canabinóides – em particular o CBD – podem ajudar a retardar a progressão da ELA em alguns casos.

Pode ajudar a tratar muitos dos sintomas associados à ELA, em particular caquexia, demência, salivação excessiva e espasticidade muscular.

Contras médicos

Poucos testes em humanos.

Pode piorar alguns problemas associados à ELA, por exemplo, problemas de memória, fraqueza muscular.