Cannabis Medicinal e Síndrome de Down

Síndrome de Down

A Síndrome de Down (SD) ou trissomia do cromossomo 21 é uma alteração genética que ocorre quando uma pessoa nasce com três cromossomos 21 em vez de dois. Isso significa que, em vez de ter 46 cromossomos, como a maioria das pessoas, as pessoas com SD têm 47.

Os primeiros registros clínicos dos sinais distintivos de pessoas com SD datam de 1866. O termo "síndrome" denota um conjunto de sinais e sintomas observáveis, enquanto "Down" refere-se ao sobrenome do médico pediatra inglês John Langdon Down, responsável pela primeira descrição da SD.

O que as pesquisas têm indicado é que a cannabis e o Sistema Endocanabinoide podem estar diretamente relacionados à melhoria da qualidade de vida de pacientes diagnosticados com a síndrome.

Causas

A causa exata da SD é desconhecida, mas acredita-se que seja causada por um erro na divisão celular que ocorre durante a gravidez. Esse erro pode ocorrer no óvulo ou no espermatozoide, ou pode ocorrer logo após a fertilização.

Características físicas

As pessoas com SD geralmente apresentam características físicas características, como:

• Cabeça pequena
• Olhos puxados para cima
• Língua protusa
• Mandíbula pequena
• Braços e pernas curtos

Desenvolvimento

As pessoas com SD geralmente apresentam um atraso no desenvolvimento intelectual e motor. No entanto, com o apoio adequado, elas podem atingir seu pleno potencial.

Diagnóstico

O diagnóstico da Síndrome de Down (T21) é previsto por meio do estudo cromossômico (cariótipo) e pode ser realizado ainda durante a gestação por meio de procedimentos clínicos, como amniocentese (coleta transabdominal do líquido amniótico entre as semanas 14 e 18 de gestação ) ou biópsia do vilo corial (coleta de um fragmento da placenta). Ambos os exames identificam a SD e outras condições cromossômicas.

Estima-se que no Brasil, a ocorrência de trissomia 21 seja de 1 em cada 700 nascimentos.

Em Belo Horizonte, de acordo com uma pesquisa realizada em 2020 pelo Instituto Mano Down, em colaboração com o Instituto Vox Populi, estima-se que existam 5.800 pessoas com T21 na cidade.

Prevalência

A SD é a alteração genética mais comum em humanos. Estima-se que, no Brasil, a cada 700 nascimentos, um ocorre com SD.

Integração social

As pessoas com SD devem ter a oportunidade de participar plenamente da sociedade. Com o apoio adequado, elas podem ter uma vida plena e produtiva.

Cannabis Medicinal para Síndrome de Down

O Sistema Endocanabinoide é um conjunto de receptores presentes em todos os seres humanos, composto pelos receptores CB1 e CB2, que respondem positivamente aos canabinoides, substâncias naturais encontradas na maconha. Descoberto nos anos 90, esse sistema tem sido objeto de estudos que busca compreender o poder da maconha medicinal e seus efeitos no organismo humano.

Para aqueles com síndrome de Down, que também possuem receptores CB1 e CB2, o uso de óleo de CBD, um dos principais canabinoides presentes na maconha, pode trazer benefícios significativos. Ao atuar diretamente no cérebro, o CBD, atua ajudando a conter a agitação dos pacientes, melhorar o sono e também o apetite.

Estudos indicam que pessoas com síndrome de Down apresentam atividade excessiva nos receptores canabinoides tipo 2 (CB2) e na enzima DAAH, relacionada ao Sistema Endocanabinoide. É importante conversar com os médicos que acompanham o paciente e trazer à tona a possibilidade de uso do óleo CBD no tratamento. Aqueles que incluíram a maconha medicinal notaram melhoras significativas no quadro como um todo.

Embora os estudos em humanos ainda sejam escassos, há acusações de que produtos derivados da cannabis, como o CBD e o THC, podem melhorar sintomas comuns da síndrome, incluindo problemas gastrointestinais, distúrbios do sono e impulsividade. No entanto, até que mais pesquisas sejam realizadas, a conclusão sobre os benefícios da cannabis para a síndrome de Down permanece em aberto.

Para pacientes que buscam esse tipo de tratamento no Brasil, recorrer a ONGs ou importar óleo de CBD é uma opção.