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Óleo Full Spectrum vs. CBD isolado – qual é melhor?

Entenda nesse artigo quais as diferenças entre óleo CBD e óleo de Cannabis Full Spectrum, como a indústria farmacêutica dissemina informações incompletas sobre a maconha medicinal e por que o óleo Full Spectrum é o mais indicado para o tratamento de pacientes.

O óleo extraído da Cannabis vem ganhando cada vez mais destaque tanto na mídia quanto nos centros de pesquisa. À medida que estudos são feitos e divulgados, mais pessoas percebem o poder que os canabinóides da maconha têm de atuar contra uma série de enfermidades. 

No entanto, uma confusão é comum: quem não conhece a fundo o universo da cannabis medicinal, acha que o óleo CBD é um composto que contém todos os componentes da planta. Mas isso não é verdade.

A sigla CBD significa canabidiol, que é o nome de um canabinóide dentre os mais de 100 que a maconha possui. O óleo CBD, portanto, é uma extração de apenas 1 propriedade da maconha.

Embora o canabidiol seja realmente poderoso, sua eficácia diminui quando ele é separado dos demais componentes da maconha. É por isso que muitos estudiosos da Cannabis medicinal, inclusive eu, defendem o uso do óleo full spectrum, ou seja, aquele que extrai e conserva todas as mais de 400 propriedades fitoativas da maconha.

A seguir, você vai entender melhor quais as diferenças entre óleo CBD e óleo Full Spectrum e perceber que a luta deve ser para que todos tenham acesso ao extrato completo e não apenas a um componente da planta.

Óleo de Cannabis Full Spectrum: o que é?

Óleo de Cannabis Full Spectrum: o que é?

O óleo de Cannabis é um azeite extraído tanto das plantas de variedade sativa quanto índica. Essa extração é feita em laboratório, de modo a produzir uma substância pura, orgânica e que conserva os canabinóides (ativos mais importantes da maconha), terpenos e outras substâncias químicas naturais.

Esse óleo orgânico se chama “full spectrum” porque, diferentemente dos óleos produzidos pela indústria farmacêutica (como o óleo CBD), conserva todos os elementos da planta.

Muitos países já liberaram a produção e uso de medicamentos à base de cannabis. A questão é que o óleo farmacêutico geralmente extraí apenas alguns elementos da cannabis, e não todos os mais de 400 componentes da planta. Propositalmente, essa diferença não é explicada aos pacientes, que adquirem óleo de CBD achando que estão fazendo uso do óleo completo, quando na verdade estão recebendo apenas frações do que a maconha tem a oferecer.

O ativismo canábico acredita que o óleo tem muito mais eficácia quando é extraído integralmente, sem eliminar ou descartar canabinóides.

É importante dizer que é possível ajustar a dosagem de componentes em cada miligrama do óleo full spectrum. Dessa maneira, não há perigo que o óleo medicinal altere a percepção da realidade e gere efeitos psicoativos.

Até mesmo o THC (Tetrahidrocanabinol), principal canabinóide psicoativo da maconha, é cuidadosamente dosado para trazer benefícios sem causar problemas. Tido como “vilão” dentre os canabinóides, o THC é um dos componentes que melhor reagem aos receptores do sistema endocanabinóide (CB1 e CB2), sendo útil para o tratamento de dores crônicas, inflamações, glaucoma, melhora do apetite e muito mais!

O que há por trás da popularização do óleo de CBD?

O que há por trás da popularização do óleo de CBD?

Após transformar injustamente o THC em vilão, a indústria farmacêutica vendeu o CBD como “mocinho” e apresentou o óleo de CBD como a parte boa da maconha. Isso não é apenas cientificamente incorreto, como também é desrespeitoso para com a planta e dificulta o acesso de milhões de pessoas às propriedades benéficas do THC.

Quando extraído e dosado corretamente, esse canabinóide – assim como os demais – não apresenta perigo. Aliás, é justamente o contrário: combinado ao CBD e a outros canabinóides como o canabinol (CBN), o tetrahidrocanabivarin (THCV) e o canabigerol (CBG), o poder medicinal se intensifica e as melhorias acontecem em várias frentes. 

Pense na maconha como uma grande máquina. Uma peça sozinha desempenha sua função, mas apenas quando todas as peças estão juntas é que a máquina atinge seu propósito.

Portanto, é fácil entender porque o óleo de Cannabis Full Spectrum sempre vai ser melhor que o óleo CBD para uso medicinal. O próximo passo nessa luta é conscientizar a população sobre essa diferença e pressionar o poder público para que o acesso das pessoas a esse composto seja facilitado.

Usar o óleo de Cannabis Full Spectrum é mais eficiente do que fumar?

Usar o óleo de Cannabis Full Spectrum é mais eficiente do que fumar?

Antes de mais nada, é importante ressaltar que aqui estamos falando do uso da Cannabis para o tratamento medicinal. O ato de fumar, seja Cannabis, seja outro tipo de cigarro, pode trazer danos a longo prazo. O que as pessoas levam em consideração é a redução desses danos, ou seja, quais benefícios a prática pode trazer e como eles podem superar os possíveis malefícios.

Dito isso, vamos a explicação: ao fazer uso do óleo de Cannabis full spectrum, você tem um controle mais eficiente da dosagem de canabinóides, terpenos e outras propriedades da planta que está consumindo. Sendo assim, pode fazer ajustes até encontrar a dose que melhor se adequa ao seu caso.

Além disso, durante o processo de extração do óleo, o azeite é refinado, o que gera uma substância mais limpa, pura e de melhor absorção pelo organismo. Por outro lado, quando você fuma a planta, acaba perdendo parte da eficiência de muitos compostos nesse processo.

Em contrapartida, muitas pessoas fumam para relaxar. De certa forma, também estamos falando de um uso medicinal, já que o controle da ansiedade, por exemplo, é algo que traz impactos positivos para a pessoa.

Portanto, quando falamos de tratamentos relacionados ao uso medicinal da maconha, é recomendado conversar com um médico sobre o uso do óleo full spectrum, pois a substância poderá ser dosada de acordo com as necessidades do paciente. O óleo de cannabis pode ser usado para diversas finalidades, como tratamento de insônia, depressão, dores crônicas, câncer, endometriose, diabetes e muitas outras patologias!

Mas se a intenção da pessoa é relaxar e ter um momento consigo mesma, o fumo da planta também pode trazer seus benefícios. O consumo da planta pelo fumo, aliás, é um dos primeiros usos da cannabis e remonta a mais de 6000 anos!

O CannaBlog não condena nem um tipo de uso e nem outro. Esse é um espaço de disseminação de informações sobre maconha medicinal e todo o universo canábico, trazendo dados que ajudem o leitor a tomar suas próprias decisões de maneira mais consciente.

Bá da Linha Canabica

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Barbara Arranz

Biomédica, especilista em terapia canabinoide e psicodélica, habilitada em acupuntura e análises clínicas e pós graduada em cosmetologia e desenvolvimento de novos projetos pela Uniara, atualmente vivo em Madri. Mulher, mãe atípica, ativista, educadora e empreendedora.

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